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Por um mundo feito a mão!

Atualizado: 8 de set. de 2019



Essa frase me pegou. Em uma dessas buscas diárias na internet dei de cara com ela. Uau! A adrenalina foi no pico. Sabe quando o coração dispara e vem aquela sensação inexplicável de "é isso!" (não vou fugir de tentar explicar o inexplicável, muito menos dizer que sininhos tocaram). Um sentimento mágico (vixi, clichê também). Uma pausa no tempo (melhorou) como se só existisse você e aquela sensação. Quando todo o resto desaparece. A sensação de presença! (isso, perfeito!). Um instante em que eu estava existindo inteiramente na minha incrível presença. Identifica em você essa sensação?


"Por um mundo feito a mão" ressoou em mim porque estou nessa pegada de total (re)conexão. Re, porque muitas coisas estão voltando. Coisas negligenciadas. Largadas mesmo pela vida afora. Coisas boas, importantes, saudáveis. Que me fizeram em outros tempos sentir a sensação que descrevi sobre a frase título desse post.


Vivo fortes resgates de fazerescoisaspessoassentimentos. Como a yoga e a meditação, a poesia e o escrever em geral, a vida simples em contato com a natureza e o fazer com as mãos. O construir, criar, o artesanal. Ah, a sensação de ser criadora... Em todos os mais amplos sentidos. Desde ser a fazedora do pão que comerei, poder fazer com calma a minha comida até ser a cocriadora da minha existência inteira. Como um ser divino. EU SOU!



Durante um tempo estive fora de mim (mais alguém?). Deixei a vida escorrer. Um bom tempo. A tal desconexão. Eu não era eu. Não vivia o meu EU (e aqui não tem como fugir dessa palavra que já virou lugar-comum: propósito). Não, eu não vivia o meu. Apesar de todos os sinais, as sincronicidades que a vida foi me mandando para que eu me resgatasse, ainda assim me desconectei e permaneci dessa maneira durante um bom tempo.


E fiz isso mesmo tendo experimentado anteriormente a sensação de estar em mim. De conexão. Eu sabia que existia a possibilidade de uma vida de verdade. Mesmo assim eu me permiti sair de mim por um bom tempo. Mas, enfim, cá estou novamente inundada de Maria Laura de Abreu d'Avila (prazer, EU!) E sei que nessa inundação muita água há para rolar. Isso é só o (re) começo. Um reinício diferente e definitivo (se é que isso existe), no possível que há dentro da palavra d e f i n i t i v o. Hoje tenho a certeza de que não me deixarei mais.



A sensação de encaixe foi o que me levou ao Festival do Fazer. Iniciativa linda da Revolução Artesanal. Como artesã e arteira meu coração explodiu ao ler a programação de oficinas. Sem nem pensar me escrevi na aula de Pão com fermentação natural. Minha vontade era de participar das 25 oficinas do festival (ano que vem me programarei para algumas mais).


A aula foi com a Vivi. Ela ensinou a fazer pão rústico. Aquele com fermentação natural (quando eu aprender direitinho farei um post ensinado). E assim me levou a mais um resgate importante. Quantos e quantos pães já fiz em minha vida. Meus filhos devem ter essa memória gustativa e isso me enche de orgulho. Pois junto com ela vem a memória afetiva. Tenho muitas lembranças boas desse tempo em que minhas mãos alimentavam minha alma. Várias almas. Tempo em que meus filhos eram pequenos e que eu podia dar atenção a eles. Que privilégio poder ter estado tão presente. Tenho muita gratidão por isso e sei que foi um diferencial na formação das pessoas lindas que se tornaram.


Noto que esse resgate de que falo vem acontecendo com muitas pessoas. Um movimento contrário à revolução industrial está presente. Não se trata de uma volta ao tempo do fogão a lenha (apesar de que em nosso país por conta da situação econômica e do preço do gás muitas pessoas estão sendo obrigadas a cozinhar dessa maneira. Mas isso é uma outra história). O que ocorre agora é que as pessoas estão acordando para o simples, natural e saudável. Precisamos daquilo que faz nossos corações palpitarem e não de um viver mecânico e apático. Precisamos pulsar! Queremos também a tecnologia junta e misturada a essa nova vida. Por exemplo a internet que tantas coisas maravilhosas compartilha, não precisamos abrir mão dela. Mas precisamos que essas coisas participem de nossas vidas de maneira humanizada e sustentável. Precisamos que elas facilitem nossa evolução como seres humanos.


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